As origens da Família Prado

A família Prado é sem sombra de dúvidas umas das famílias mais antigas de Buritis. Os primeiros representantes dessa família chegaram aqui em 1856, bem antes do Coronel Cândido José Lopes, que segundo relatos históricos, chegou em Buritis no ano de 1880.

Seguindo relatos de livros e historiadores, os antepassados dessa família são de origem judaica, cuja palavra “Prado” significa campo ou bosque, assim como é típico dos judeus denominar suas famílias ligando-as aos vegetais.

No registro da história, os Prados estão presentes desde a fundação de São Paulo do Piratininga, onde alguns dos principais bandeirantes e sertanistas que desbravaram e escravizaram índios em Minas Gerais levam este sobrenome, como é o caso de Domingos Rodrigues do Prado e Domingos do Prado de Oliveira.

O progenitor desta família na capitania de São Vicente e São Paulo foi João do Prado,natural da praça de Olivença da província do Alentejo de Portugal, que veio nos princípios da povoação de S. Vicente com muitos outros nobres povoadores na companhia do donatário Martim Afonso de Sousa, pelos anos de 1531.

Nos livros e registros históricos também é citado um outro João do Prado, avô materno de Isabel Furtado, esposa de Matias Cardoso de Almeida, fundador do Arraial de Morrinhos.

Outro representante é Domingos Rodrigues do Prado, bandeirante paulista nascido em Taubaté e um dos primeiros descobridores de ouro em Minas Gerais. Este bandeirante, casado com Leonor Bueno da Silva, filha do segundo Anhanguera,Bartolomeu Bueno da Silva, adentrou nos sertões do São Francisco, passando por Paracatu em meados de 1700 a procura de ouro.

Já Domingos do Prado de Oliveira, era filho de Manuel Francisco de Oliveira com Catarina do Prado Cardoso, filha de Matias Cardoso de Almeida com Isabel Furtado. Domingos do Prado de Oliveira foi um importante nome na conquista da Ilha das Guaíbas, em uma luta feroz contra os índios na Foz do rio Urucuia com a São Francisco, hoje São Romão.

Na história, outro Domingos do Prado é citado como um dos principais revoltosos no Motim do Sertão, em 1736, sendo este cunhado de Maria da Cruz, figura lendária no sertão de Minas Gerais e esposa de Salvador Cardoso de Oliveira. Estes foram pais de Matias Cardoso de Oliveira, dono das terras do alto Urucuia nessa mesma época.

Provavelmente, os descendestes dessa família em Buritis tenham vindo de Pirapora e descendem desses mesmos sertanistas que colonizaram o sertão das Gerais.

Raimundo Ferreira do Prado, o forasteiro, chegou em Buritis por volta de 1856. Homem de meia idade ou talvez idoso, que naquela época tornou-se proprietário da fazenda Barriguda. Raimundo chegou em Buritis junto com seu irmão, Manoel Ferreira do Prado e seu filho mais velho, Ladislau Ferreira do Prado.

O Capitão Ladislau Ferreira do Prado, como ficou conhecido, casou-se com Belizaria e teve cinco filhos, Raimundo, Carlota, Maria, Tereza e Merência. O primeiro filho recebeu o nome do avô, Raimundo Ferreira do Prado casou-se com Antônia Josefina Queiroz e teve numerosa descendência com nove filhos.

Outra filha do Capitão Ladislau que também teve numerosa descendência foi Carlota Ferreira do Prado, que se casou com Egídio Evangelista de Sousa e teve seis filhos.

Os Prados muito se expandiram na região. Casaram-se com os Fonseca, os Lopes, os Rodrigues, com os Valadares, Gonçalves e outros. Deles nasceram muitos filhos ilustres. Destacam-se em população, na política, inteligência, capacidade, educação, religião, na pecuária e agricultura.

Dalva Lopes com Délio Prado Lopes no colo, a sua direita Djalma Lopes e a sua esquerda Dirceu Lopes (Seu Di) e Darci do Prado Lopes.

Onofre Ferreira do Prado

Egídio Prado e Celina com os filhos Moacir, Odete e Altair.

Maria Rodrigues da Costa e Frutuoso Evangelista do Prado.

Sr. Teodoro Prado (in memorian) e o Sr. Silvano de Freitas Soares aos 104 anos de idade. Filhos de Buritis. Foto de 2014.

Argemiro Antônio do Prado e família.

Astrogilda Evangelista do Prado

Dália Prado Lopes

O casal Lucas Cordeiro Valadares e Anita Evangelista do Prado.

As primas e amigas Ana Evangelista do Prado e Justa do Prado, década de 30 na Vila de Nossa Senhora da Pena do Burithy, umas das fotografias mais antigas deste álbum. Na parte detrás desta fotografia uma anotação dizia: “Invenção”, por se tratar da grande descoberta da fotografia naquela época.

José Gaspar Valadares do Prado (Zé Barbudo) e seu amigo.

Árvore genealógica da família Prado em Buritis

TEXTO: Gilberto Valadares.

FONTE:
Livro Raízes e Cultura de Buritis no Sertão Urucuiano – Oscar Reis Durães

Sites: Recanto das Letras – Biografia de Raimundo Ferreira do Prado por Onofre Ferreira do Prado, geni.com, Prefeitura de São Francisco, scielo.br, familysearch.org e
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