O sofrimento e a morte de Sila

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Lucíula Fonseca Melo foi a sétima filha de Vitalino Fonseca Melo com Ana Josefina Lopes “Cota”. Sila, como era conhecida, foi criada ás margens do rio Pernambuco até conhecer Joanin, o famoso fotógrafo português, que logo lhe propôs matrimônio.

Sila casou-se com o dito português, no ano de 1940, foi a cavalo até São Romão e de lá pegou a navegação a vapor para Pirapora, depois um trem de ferro até Belo Horizonte, a capital mineira.

Sem conhecer ninguém e longe da família, Sila e Joanin ali foram tentar a vida. O marido português tinha costumes e cultura diferente, que para Sila era muito estranha.

Pouco depois, recebeu a notícia da morte de sua mãe Cota, que adoeceu e faleceu em fevereiro do ano de 1942.

Naquele mundo distante, Sila teve duas filhas, cuja a alegria de dar à luz transformou-se em tristeza, ao descobrir que as duas filhas eram excepcionais.

Nunca mais viu os seus parentes nem o seu torrão urucuiano. Abatida pelo desgosto, um dia, quando seu marido saiu para trabalhar, trancou-se em sua casa com as duas filhas e tomou veneno.

Antes de tentar contra própria vida, Sila escreveu na caixinha do veneno a seguinte frase, “Sei que não posso viver mais, preciso descansar”. Estas foram suas palavras finais e eternas.

Texto: Gilberto Valadares e Lívia Alves

Fonte: Livro “Raízes e Culturas de Buritis no Sertão Urucuiano” de Oscar Reis Durães

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