Crise tira ânimo dos jovens eleitores para as eleições de 2016

Não vai ser fácil para ninguém, mas deve ser um tanto pior para quem vai encarar uma urna eletrônica pela primeira vez. Nas próximas eleições, mais de 2 milhões de jovens, entre 16 e 17 anos ou recém-chegados à maioridade, estarão aptos ao voto. Trata-se de uma geração que cresceu sob governos petistas, que se acostumou com uma certa calmaria econômica, que aprendeu a discutir sexualidade e liberdades individuais sem travas, que mergulhou em seus próprios smartphones e participou da revolução das redes sociais.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, divulgou na segunda-feira os dados oficiais sobre as eleições municipais de 2016. O Brasil tem hoje 144.088.912 de eleitores aptos a votar no próximo dia 2 de outubro. Os que têm 16 e 17 anos correspondem 1,6% do total (2,3 milhões). O número é inferior ao registrado nas eleições de 2012, de 2,4 milhões, e à série história, que teve seu pico em 1994 (2,34% do total de eleitores).
Mas como estará o espírito e a cabeça desse jovem estreante? É preciso considerar o caldo em que esse eleitor está sendo forjado, um caldeirão em que se misturam Operação Lava-Jato, processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, governo interino de Michel Temer, ocupações das escolas estaduais e muito mais.
Para a antropóloga Isabela Oliveira Pereira da Silva, o voto não é a única forma de participação – e uma parcela desse eleitorado percebeu isso. “Essa é uma geração que vai atuar de outro jeito.”
É importante que os jovens eleitores conheçam as propostas dos candidatos municipais do legislativo e executivo, utilizando as redes sociais como ferramenta de conhecer e debater as ideias propostas por esses candidatos, além de observar as necessidades do município .O que precisamos é de jovens participativos na política.
FONTE: Portal Uai